as noites dos meus sentidos, dão luz aos dias de pesadelo. fazem-se sonhos e desaparecem, fumegantes, ao brilho dos raios de sol. acordar. sentir. perder. achar. é sempre assim. e de vez em vez, encontro-me perdida nas contradições vazias do dia-a-dia, como quem ri só por rir e corre por querer chegar a lado nenhum. faz falta a sensação do todo. do autêntico. do simples. sente-se essa falta no calor asfixiante destes dias quentes de quase verão.
Recordo-me, como se fosse ontem, mas já lá vão 8 anos... Eu sabia que o meu estilo de vida era, na altura, extremamente acelerado e movimentado. Para além do laboral, acumulava e ainda acumulo, mais algumas atividades de responsabilidade que exigem planeamento e preparação e, por ser demasiado exigente comigo própria, estava constantemente em sobressalto, até que ... a primeira crise de ansiedade acontece , com sintomas físicos que nunca tinha experienciado, não com a intensidade sentida, principalmente quando me preparava para descansar. No final do dia, naquele parque de campismo, já a criançada dormia e na tenda dos adultos, todos os músculos do corpo entram num frenesim, o coração parece que está a correr a maratona mas sem se conseguir medir a pulsação, uma dor terrível no peito e falta de ar. Nessa noite, o acampamento passou para as urgências mas prosseguiu de forma normal depois do diagnóstico final. Aprendi a identificar o início de cada crise de ansiedade (fo...
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