Eu gosto de agendas. A sério que gosto. Parece um pouco contraditório, tendo em conta a desorganização natural que é a minha vida. Mas, as agendas fascinam-me, assim como as pessoas que conseguem, de uma forma organizada, compactar a sua vida num bloquinho de papel. Talvez por eu não o conseguir fazer, apesar das várias tentativas falhadas desde há alguns anos atrás. Talvez pela possibilidade de, todos os anos, acreditar, que poderei vir a ser organizada (eu gostava de ser organizada) A verdade é que gosto de agendas, principalmente as de inicio de ano, com o papel limpo de compromissos, como quem pede um recomeço, sem linhas traçadas e sempre receptiveis a um ou outro evento cultural, umas quantas responsabilidades e outras tantas "inadiabilidades". Quando as páginas começam a ficar pesadas de tinta emaranhada e rabiscada ou de talões de supermercado e recibos de portagens, a agenda passa a ser só mais um elemento pertencente a uma tão bem frequentada mala de senhora e acaba esquecida no meio de carteiras, telemoveis, batons, bolsinhas, etc. Talvez por gostar tanto de agendas eu faça todos os anos o esforço de aprender a usá-las. Este ano não será diferente. Até porque de 2011 já tenho 3!(acho que sou demasiado transparente) Assim, quando, lá para meio do ano, achar que a minha vida está demasiado carregada, distribuo o mal pelas aldeias! :)
Recordo-me, como se fosse ontem, mas já lá vão 8 anos... Eu sabia que o meu estilo de vida era, na altura, extremamente acelerado e movimentado. Para além do laboral, acumulava e ainda acumulo, mais algumas atividades de responsabilidade que exigem planeamento e preparação e, por ser demasiado exigente comigo própria, estava constantemente em sobressalto, até que ... a primeira crise de ansiedade acontece , com sintomas físicos que nunca tinha experienciado, não com a intensidade sentida, principalmente quando me preparava para descansar. No final do dia, naquele parque de campismo, já a criançada dormia e na tenda dos adultos, todos os músculos do corpo entram num frenesim, o coração parece que está a correr a maratona mas sem se conseguir medir a pulsação, uma dor terrível no peito e falta de ar. Nessa noite, o acampamento passou para as urgências mas prosseguiu de forma normal depois do diagnóstico final. Aprendi a identificar o início de cada crise de ansiedade (fo...
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