descia eu aquela avenida como costumo fazer todos os domingos, e todos os domingos que há futebol, paro para olhar de relance para o ecrã e ver "resultados". Hoje, mais do que nos outros dias, aquele pequeno café estava cheio e a esplanada que se prolonga até ao passeio também. De entre todos os gritos de insatisfação que lancavam para o ar, opina um adepto, já com os seus 60 anos, com muita calma e tranquilidade, entre dois goles de cerveja: "Um rapaz tão novo e já com dois cartões amarelos!" Eu ri-me. O senhor calhou a olhar para onde eu estava e, ao reparar que eu me ria, devolveu-me o sorriso e num "Então, não é?!" de garrafa na mão, acabou a cerveja, e eu continuei o meu caminho!
Recordo-me, como se fosse ontem, mas já lá vão 8 anos... Eu sabia que o meu estilo de vida era, na altura, extremamente acelerado e movimentado. Para além do laboral, acumulava e ainda acumulo, mais algumas atividades de responsabilidade que exigem planeamento e preparação e, por ser demasiado exigente comigo própria, estava constantemente em sobressalto, até que ... a primeira crise de ansiedade acontece , com sintomas físicos que nunca tinha experienciado, não com a intensidade sentida, principalmente quando me preparava para descansar. No final do dia, naquele parque de campismo, já a criançada dormia e na tenda dos adultos, todos os músculos do corpo entram num frenesim, o coração parece que está a correr a maratona mas sem se conseguir medir a pulsação, uma dor terrível no peito e falta de ar. Nessa noite, o acampamento passou para as urgências mas prosseguiu de forma normal depois do diagnóstico final. Aprendi a identificar o início de cada crise de ansiedade (fo...
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