Sara, ponto e virgula!

Porque eu considero que "gastar" tempo com coisas que gostas é, na verdade, ganhar tempo de vida, mas é tão facilmente considerado perda de tempo. decidi fazer uma lista dessas pequenas coisas que descobri terem muita importância para o meu equilíbrio emocional e "gastar" mais tempo da minha vida a realiza-las: - passear na praia - correr/caminhar na natureza - ver o pôr do sol - ouvir música na praia - cantar no chuveiro - sentar a ver os passaros - rir muito, até doer a barriga - saltar numa poça de água - ficar na cama até doer as costas com alguma claridade a entrar - parar para fotografar - refeições na rua - ler no alpendre ou nalgum lugar exterior pacífico - adormecer no sofá sem preocupação de acordar  - demorar-me em sítios nostálgicos  (miradouro Praia da Areia Branca; Papoa-Peniche; Lisboa) Papoa (Memórias da Infância)

assombram-me os momentos de deleite e magia, aqueles partilhados sem interesse de devolução. é urgente ser feliz...

de todo o pouco que eu sei, quando se escreve sobre o que se sente, pouco ou nada é preciso saber. (talvez por isso, este blogue ainda continue vivo!)

de agora em diante apenas duas coisas interessam  (preocupações com este novo começo): 1. eles não são rochas. são seres humanos que mal se conseguem mexer e nós somos os seus membros suplentes. eles são sorrisos. são sofrimento. são a fragilidade de um corpo cheio de vida. cuidar da dignidade também é uma profissão. 2. o teu cérebro também precisa de ser cuidado. as obrigações que já não tens podem reduzi-lo a pouco. a exigência é pouca. precisas de ser exigente com ele nos tempos livres.

se não vivemos para ver a felicidade estampada no rosto do outro, não estamos a viver correctamente. somos para os outros, já escrevi várias vezes. de outra forma não faz sentido. porque sozinhos não somos nem conseguimos ser. (e olhem que desta vez tenho quase a certeza de que estou totalmente correcta). ver-te assim, honestamente feliz, dá sentido aos meus dias.

"Todos os livros são infinitos.  Começam no texto e estendem pela imaginação" escrever sobre livros como quem descreve o seu próprio livro. Valter Hugo "Mãe" sabe bem semear palavras. e elas crescem e dão fruto. matam a fome de letras, de letras recheadas de vitaminas. protegem o corpo das pedras burras. saber colocar cada semente-letra no lado certo da página-terra é a fina arte da literatura. Valter Hugo "Mãe" é, entre muitos, o meu semeador preferido.

Foram quase 2 anos de tudo e de tanto que agora, num formato um pouco masoquista, quase já tenho saudades. Eu sei de quem vou ter saudades mas tambem sei onde e como o encontro se proporciona e isso permite-me ir de alma mais leve, apesar de tudo. A cumplicidade persiste além espaços e profissões e, dificilmente esta será quebrada!  Por hoje, está na hora de mudar. - A mudança faz parte da essência humana. Seres volateis em busca de uma felicidade, sabe-se lá onde... É nessa procura que seremos melhores e cresceremos. Enquanto nao encontrarmos o equilibrio a procura nao terminará. -  Pelo caminho levo os sorrisos que conquistei, a vitória dos desafios superados, os stresses que nos tornaram imunes. Lado a lado seguem comigo pessoas com medos mas muita coragem, gente feliz, gente sincera, almas homestas. Cresci tanto que nem me apercebi e por isso saio de gratidão na voz e esperança no olhar. Amanhã será o primeiro dia do resto da minha vida...