Às vezes ponho-me a ler o meu blog (que coisa mais egocêntrica, eu sei) e a pensar no que raio escrevo eu de interessante que mereça ser alvo de atenção e, quiçá, de uma leitura mais prolongada. Eu bem sei que, por enquanto, são apenas gatafunhos. Mas, um dia, a minha vida vai fazer sentido e, como qualquer senhora dona do seu blog, vou poder escrever sobre uma vida (a minha, neste caso) a dois, com o namorado/noivo/marido, a três com o cão, a quatro com o 1º filho(a), a cinco com o 2º filho(a), a seis com o peixe do 1º filho(a), a sete com o hamster do 2º filho(a), e por aí fora, até perder para um qualquer blog da concorrência (se é que isso é possível) todos os, poucos mas bons, leitores deste espelho. Entretanto, esta espécie (ou aprendiz de espécie) de big girl, que ainda chora e irá continuar a chorar, vai dando vida a este blog quase morto com os seus gatafunhos vazios de sentido!
Recordo-me, como se fosse ontem, mas já lá vão 8 anos... Eu sabia que o meu estilo de vida era, na altura, extremamente acelerado e movimentado. Para além do laboral, acumulava e ainda acumulo, mais algumas atividades de responsabilidade que exigem planeamento e preparação e, por ser demasiado exigente comigo própria, estava constantemente em sobressalto, até que ... a primeira crise de ansiedade acontece , com sintomas físicos que nunca tinha experienciado, não com a intensidade sentida, principalmente quando me preparava para descansar. No final do dia, naquele parque de campismo, já a criançada dormia e na tenda dos adultos, todos os músculos do corpo entram num frenesim, o coração parece que está a correr a maratona mas sem se conseguir medir a pulsação, uma dor terrível no peito e falta de ar. Nessa noite, o acampamento passou para as urgências mas prosseguiu de forma normal depois do diagnóstico final. Aprendi a identificar o início de cada crise de ansiedade (fo...
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