Saí apressada, de mala na mão, a acabar o resto do iogurte, já com 10 minutos de atraso em relação ao habitual, o que tem acontecido mais vezes do que eu queria. desci as 3 escadas que me conduzem ao hall do prédio de um só salto, e, sem olhar lá para fora, carrego no trinco, abro a porta num esticão e quando levanto a cabeça para me fazer à rua, sinto o efeito choque de uma cidade morta. A estrada estava vazia, o jardim deserto, os bancos da esplanada sem vivalma, o comboio parado na linha, o autocarro na paragem de portas abertas, a unica pessoa que se encontrava na entrada da estação estava sentada, quieta, a ler um livro... será que o mundo tinha parado e eu, naquele turbilhão de atrasos e correrias, nem tinha dado por isso?? Depois de ter descido os degraus da estação, apercebi-me que tinha sido tudo ilusão de optica e coincidência de momentos! Daquele lado do mundo, a cidade acordada e viva, gritava do alto das suas 9h da manhã!