É preciso saber respeitar os tempos e espaços de cada um. Não porque se deixe de gostar (ou goste menos) mas porque se gosta, precisamente. Aprender a diferenciar a necessidade da prioridade e, eventualmente, o que é necessário também passará a ser prioritário. Porque é necessário saber o que se quer e o que se quer dos outros e para os outros. Soltar. Abrir o laço. Distanciar. Por nós. Por eles. Nem sempre este passo é compreendido, e era bom se fosse simples. Não é fácil abdicar do que/quem nos faz feliz, mas é necessário quando já não somos prioridade. E não é mau, não se ser prioridade, é mau ser-se necessidade, mesmo quando não se sabe o que se quer!
Recordo-me, como se fosse ontem, mas já lá vão 8 anos... Eu sabia que o meu estilo de vida era, na altura, extremamente acelerado e movimentado. Para além do laboral, acumulava e ainda acumulo, mais algumas atividades de responsabilidade que exigem planeamento e preparação e, por ser demasiado exigente comigo própria, estava constantemente em sobressalto, até que ... a primeira crise de ansiedade acontece , com sintomas físicos que nunca tinha experienciado, não com a intensidade sentida, principalmente quando me preparava para descansar. No final do dia, naquele parque de campismo, já a criançada dormia e na tenda dos adultos, todos os músculos do corpo entram num frenesim, o coração parece que está a correr a maratona mas sem se conseguir medir a pulsação, uma dor terrível no peito e falta de ar. Nessa noite, o acampamento passou para as urgências mas prosseguiu de forma normal depois do diagnóstico final. Aprendi a identificar o início de cada crise de ansiedade (fo...

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