Praticamente todos os dias, no caminho para o trabalho, de carro, me cruzo com uma senhora na sua caminhada matinal, que me cumprimenta com uma mão no ar e um sorriso no rosto. Não faço a mínima ideia quem seja, nem tão pouco consigo relacionar com outras pessoas, mas acho que, no fundo, já somos amigas à pelo menos 2 meses, só que nunca chegámos a por a conversa em dia. Se, por alguma razão não nos cruzamos, eu noto a ausência daquele gesto, como se a rotina matinal estivesse incompleta.
Recordo-me, como se fosse ontem, mas já lá vão 8 anos... Eu sabia que o meu estilo de vida era, na altura, extremamente acelerado e movimentado. Para além do laboral, acumulava e ainda acumulo, mais algumas atividades de responsabilidade que exigem planeamento e preparação e, por ser demasiado exigente comigo própria, estava constantemente em sobressalto, até que ... a primeira crise de ansiedade acontece , com sintomas físicos que nunca tinha experienciado, não com a intensidade sentida, principalmente quando me preparava para descansar. No final do dia, naquele parque de campismo, já a criançada dormia e na tenda dos adultos, todos os músculos do corpo entram num frenesim, o coração parece que está a correr a maratona mas sem se conseguir medir a pulsação, uma dor terrível no peito e falta de ar. Nessa noite, o acampamento passou para as urgências mas prosseguiu de forma normal depois do diagnóstico final. Aprendi a identificar o início de cada crise de ansiedade (fo...
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