Que estranhas são as formas como nos relacionamos ou achamos que nos relacionamos. Depressivas talvez. Achar que, por ordem natural de toda a relação, vais receber na medida em que te deste. Ou será que dei tão pouco sem me aperceber!? Eu duvido de tudo o que penso, quase ao ponto de duvidar de mim. Essa dúvida faz crescer toda a insegurança e a insegurança estas palavras - Que estranho!! Que estranho é, eu nem sequer conseguir manifestar este sentimento vocalmente por parecer demasiado parvo, apesar de o considerar totalmente legítimo. Que estranho sentir este desprezo relacional, como se não houvesse necessidade de mais, como se um "olá!" esporádico fosse suficiente para chamar de "amigo", como se não se precisasse de mais só porque "Sim, está tudo bem! E contigo!?".
Sim está tudo bem, porra, mas não é suficiente!! E tu sabes que não é suficiente, mas por alguma razão foges a essa insuficiência. O espectro relacional é muito mais complexo do que 4 palavras, 1 ponto de exclamação e seguir viagem até ao próximo "Então, como estás!?"
E grito revoltada, dentro do sorriso que expus, num silêncio que quase explode o coração, que esta merda das empatias só funciona para proveito próprio - ninguém quer saber de quem anda sempre feliz!!
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