de um 2018 equilibrado com momentos de pura felicidade e outros mais difíceis e duros, sobram as memórias de tudo o que me move, balança e impulsiona e também as aprendizagens, que à custa de algum sofrimento não precisam de tanto espaço na memória. Gosto de puxar pelos recantos da minha existência e relembrar os acontecimentos que ocupam o primeiro lugar da minha memória. Este exercício relembra-me sempre o quanto tenho para agradecer, por ter uma família bonita, pela quantidade de pessoas fantásticas que vão fazendo parte do meu caminho e os momentos que me proporcionam:
-Atividades de escuteiros muito diversas e enriquecedoras, o ACAREG de 1 semana mal dormida e tantos reencontros, um Noite no Zoo, de bicicleta até S. Pedro de Moel, o Parque do Bonito no Entroncamento num fim-de-semana de nuvens incontinentes, que me relembram sempre de avançar sem medo e com convicção, mesmo quando o cérebro grita que preciso de ficar em casa.
- O cancro malvado do pai e a teimosa greve dos enfermeiros, que puxaram por toda a nossa união e fé. Duas semanas de viagens diárias a Lisboa, em plenas férias, a relembrar que os teus planos nunca vão ser tão importantes como o caos que é a vida! E depois o processo de tomada de consciência do sofrimento como uma etapa necessária de enriquecimento da vida, principalmente quando acontece a uma pessoa que te é próxima mas nada podes fazer apesar de te apetecer arrancar todo o "cancro" do corpo, até a raiz sair da terra!!
- A família que chega de vários cantos do planeta para celebrar a vida de uma pessoa em comum: a Avó Maria fez 100 anos em Agosto! 100 anos, muitos sacrifícios, duas guerras mundiais, 6 filhos, 8 netos, 4 bisnetos e um salão cheio de gente a celebrar! 2 semanas de festa e alegria constantes, almoços e jantares, que isto para estarmos juntos, quando se quer, arranja-se uma desculpa qualquer!
- Mais um choque: a queda da avó, o internamento, a infeção respiratória a atrasar a operação, a operação, o pós operatório e o regresso a casa. O reorganizar de rotinas e hábitos por força de uma perna presa com ferros e uma senhora de 100 anos a passar por tudo isto pela primeira vez. E ver a coragem da mãe, que não sendo filha da avó, a ama como se fosse e trata como tal, como sempre tratou. Mais uma boa dose de vontade de arrancar tudo pela raíz e carregar estes pesos! Mais uma vez, a indelével gentileza da vida a orientar as nossas vontades.
- Para equilibrar o ciclo, o nascimento da afilhada linda, fruto de longos anos de amizade. De um casal de pessoas fantásticas nasce uma Duda cheia de vida e esperança! Um ser tão pequeno e frágil que carrega tanta felicidade!
- A viagem a Nantes a marcar mais uma aventura na amizade de já alguns anos. Duas pessoas que de tão diferentes se complementam e desafiam! Entre natureza, espontaneidades, filmes, minis e ruas, as aventuras vão ganhando forma!
e a Fuji, a gata mais tola que decidiu dar graça ao rés do chão do nr. 17 e agora faz parelha com uma humana palerma q.b. e um porco da índia envergonhado!

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