A corrida. Já há uns anos que me rendi a esta prática desportiva. Procurava, na altura, uma forma gratuita de libertar energia, de fazer o sangue correr, de me fazer mexer. Precisava de sair do estado inerte a que me tinha acomodado nos últimos meses. Sempre afirmei, “caneirinha da Silva”, não achar graça ao correr atrás de nada e ainda voltar ao ponto de partida, sem outro destino portanto. Felizmente podemos mudar de opinião e apesar da teimosia inerente aos Caneiras, dei o braço a torcer e até a competições fui, de Chita* ao peito. Eu mudei. E a corrida mudou-me. Posso talvez dizer que, naquele momento da minha vida, dedicar-me à corrida foi a melhor coisa que fiz. Ganhei novos amigos, ligações novas, um estilo de vida melhor, auto-estima, capacidade de perseverança, imunidade, a muita coisa, na verdade.
Não sei o que me fez começar a correr e ainda não sei bem porque gosto de correr. Mas corro porque gosto! Ando às voltas, sem chegar a nenhum novo destino e todas as vezes que corro, quero correr mais…
não sei onde hei-de chegar com isto, mas estou a ler o livro “Correr com a Matilha” de Mark Rowlands, que segundo o próprio, procura esmiuçar o valor intrínseco da corrida e talvez aqui consiga encontrar algumas respostas ou pelo menos outras formas de perceber, porque escolho, de forma tão natural e espontânea, a corrida (desporto único) ao invés de praticar outro desporto qualquer (que possivelmente implicaria correr!)

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