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Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2022

Introvert, dear!

Eu sou uma pessoa introvertida. Eu sei, não parece, mas acreditem quando digo que sou. Valorizo muito o "meu" espaço, gosto muito de estar comigo e com as "minhas" pessoas. Gosto de festas, é certo, principalmente se tiver jantar, porque o meu espaço está definido. Multidões só para concertos e mesmo assim, se puder ser em concerto sentado, melhor. Gosto muito da minha bolha individual, preciso do meu tempo para algumas rotinas e custa-me quando, sem aviso, tenho que receber pessoas ou ir a sítios para estar com pessoas. O meu sistema comunicacional e relacional é pouco extravagante e um tanto ou quanto rudimentar. Falar em público é um suplício.  Quando, com 17 anos, comecei nos primórdios do agrupamento, apresentar-me em voz alta era uma tarefa que me fazia tremer a voz e me causava algum nervoso miudinho. O crescimento pessoal, adjacente ao passar dos anos, mune-nos de ferramentas para conseguirmos sobreviver no mundo (complexo) dos adultos, principalmente ao nív...

Falhei

preâmbulo: este não é o tal texto sobre a normalização do falhanço, mencionado no 4/365. É sim, uma constatação de um facto, que poderá dar base ao dito texto. e ao sétimo dia... falhei. ficaria bem mais bíblico e sensacional se a frase tivesse terminado em "descansou". mas não aconteceu. não houve criação nem descanso. o sétimo dia dos 365 dias de escrita terminou com o sentimento de falha. felizmente o mundo não parou... Passava da meia noite quando me apercebi que era o dia seguinte e não tinha aberto sequer o browser para uma nova publicação. "Acontece", pensei. Acontece sim, somos feitos de muitos erros e falhanços entre outras coisas. Assumo assim, sem ter consciência, que escrever diariamente no blogue, para mim ainda não é assim tão importante, senão teria dado mais atenção. "não faz mal", reforço, "amanhã escrevo duas publicações!" "Olha lá! Ontem (o amanhã do dia 7) NÃO escreveste duas publicações, Sara!" grita bem alto toda a...

somos baseados em danos reais

Somos baseados em danos reais. E é tão difícil coar o coração do que foi dano e do que poderá ser a cura. Aceitamos alguns pensos rápidos e imaginamos  o futuro baseado nas experiências passadas. Não podemos deixar que o passado nos controle o futuro, porque já não  vivemos  lá m as, a verdade é que o mais real que temos é o nosso passado. Aí residem os momentos que conhecemos. Aquilo que sabemos ser.  O presente mal temos tempo para o saborear e apropriar e o futuro... o futuro é pura ilusão.

5/365 - podcastIVM

Se um dia se quiserem perder no Spotify, YouTube, Apple Music, e outros tantos, procurem por PodcastIVM - Inspiração para uma Vida Mágica. O Pedro e a Mia têm uma voz simpática, com um acentuada pronúncia do norte e falam sobre o desenvolvimento pessoal com um brilhozinho na voz. Sou ouvinte assídua, apesar de alguns temas não me despertarem tanto interesse quanto outros.  ontem andei a manhã inteira nas arrumações e limpezas semanais, com os fones nos ouvidos e o podcastIVM em modo automático. Este podcast tem me ajudado imenso a descodificar alguns nós na minha cabeça e encontrar ferramentas para ver o mundo de uma perspetiva mais positiva, entre outras. o episódio que partilho é um dos mais interessantes que eu já ouvi até agora e por isso, vou aproveitar o lema "normalizar o falhanço/celebração do falhanço" para umas escritas neste blog mais à frente, porque desconfio que o tema tenha pano para mangas.  Mas fica o cheirinho de alguns elementos de viragem no meu mindset: [...

4/365 - amanhã

Ficaram coisas por fazer. Ficam sempre.  Bendito seja o infinito do tempo que permite adiar para depois o que não foi feito hoje. E não me digam que não há futuro! Haja procrastinação e haverá sempre amanhãs!

3/365 - A correr

A corrida. Já há uns anos que me rendi a esta prática desportiva. Procurava, na altura, uma forma gratuita de libertar energia, de fazer o sangue correr, de me fazer mexer. Precisava de sair do estado inerte a que me tinha acomodado nos últimos meses. Sempre afirmei, “caneirinha da Silva”, não achar graça ao correr atrás de nada e ainda voltar ao ponto de partida, sem outro destino portanto. Felizmente podemos mudar de opinião e apesar da teimosia inerente aos Caneiras, dei o braço a torcer e até a competições fui, de Chita* ao peito. Eu mudei. E a corrida mudou-me. Posso talvez dizer que, naquele momento da minha vida, dedicar-me à corrida foi a melhor coisa que fiz. Ganhei novos amigos, ligações novas, um estilo de vida melhor, auto-estima, capacidade de perseverança, imunidade, a muita coisa, na verdade.  Não sei o que me fez começar a correr e ainda não sei bem porque gosto de correr. Mas corro porque gosto! Ando às voltas, sem chegar a nenhum novo destino e todas as vezes que ...

1/365 - à mesa

falámos de tradições, da forma como os emigrantes tiveram dificuldade em adaptar-se às grandes cidades de destino, de como é difícil conhecer lisboa ao ponto de saber os nomes das ruas, de como nos orientávamos antigamente, do Park Mayer, dos cinemas ainda abertos e das sessões e matinés, de como o cabelo do José está grande, dos galos sem experiência de gerência da capoeira, de como eu e a minha tia éramos parecidas há uns 35 anos, de gatos fofos e gatas ariscas, do computador com MSDOS, o jogo "Go" e da dificuldade que era virar a mota, de ligar a RTP2 para ver os miúdos a jogarem ao Hugo, dos tamanhos dos telefones e das tecnologias de ponta de antigamente, do tamanho dos bifes servidos ao José e ao Tiago, do vinho tinto Terra Lenta, da capacidade de oxidação da maçã bravo de esmolfe, de Viseu e também de Esmolfe, da quantidade de comida que foi servida e deus, a quantidade de gente nos restaurantes, dos prós e contras de conduzir de dia ou à noite, de carros altos e carro...