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Mensagens

Relatos de um Ansiosa Pouco Anónima #1

Recordo-me, como se fosse ontem, mas já lá vão 8 anos... Eu sabia que o meu estilo de vida era, na altura, extremamente acelerado e movimentado.  Para além do laboral, acumulava e ainda acumulo, mais algumas atividades de responsabilidade que exigem planeamento e preparação e, por ser demasiado exigente comigo própria, estava constantemente em sobressalto, até que ...  a primeira crise de ansiedade acontece , com sintomas físicos que nunca tinha experienciado, não com a intensidade sentida, principalmente quando me preparava para descansar.  No final do dia, naquele parque de campismo, já a criançada dormia e na tenda dos adultos, todos os músculos do corpo entram num frenesim, o coração parece que está a correr a maratona mas sem se conseguir medir a pulsação, uma dor terrível no peito e falta de ar. Nessa noite, o acampamento passou para as urgências mas prosseguiu de forma normal depois do diagnóstico final. Aprendi a identificar o início de cada crise de ansiedade (fo...
Mensagens recentes

disse-me um dia o Sabino

“ Tenho uma coisa para te dizer" disse-me o Sabino, numa tarde de luto. “Continua a escrever. Já te li várias vezes e tens uma forma alegre de contar histórias.”   Agradeci em palavras e em pensamentos, mas nem sempre é fácil, nem sempre há motivação ou tema. Também acontece, frequentemente, não permitir muito tempo à escrita nem à imaginação. É mesmo com tristeza que escrevo, não ter sido fiel ao pedido que me fez há alguns anos.  Sempre encontrei no Sabino - há quem até o chame de Américo, o que não está totalmente errado, não fosse esse o seu primeiro nome - além do amigo de família, um ser humano carregado de empatia e muita brincadeira, com a sua Fátima, lado a dado e o brilho no olhar, de quem guardou dentro de si a felicidade.  Quando eu era criança, dificilmente conseguia resistir sem gargalhar, às anedotas que contava, quando partilhávamos a viagem de regresso à casa de cada um.  Agora, já adulta, continuo sem conseguir conter o sorriso, sempre que ...

coisas que podiam ser eliminadas da humanidade e não se perdia nada

o palavrão, filho da p**a ou qualquer outro que envolva a mãe do destinatário.  eu até sou devota de uma boa asneira dita no momento certo e na hora certa, porra, (este caso não é exemplo, é só um murro na mesa) mas reparem como esta expressão, especificamente, nada liga ao interlocutor mas sim à mãe do dito cujo, como se a pobre senhora tivesse culpa da estupidificação do seu descendente. Deixem as mães em paz e chamem o diabo p'lo nome!

Introvert, dear!

Eu sou uma pessoa introvertida. Eu sei, não parece, mas acreditem quando digo que sou. Valorizo muito o "meu" espaço, gosto muito de estar comigo e com as "minhas" pessoas. Gosto de festas, é certo, principalmente se tiver jantar, porque o meu espaço está definido. Multidões só para concertos e mesmo assim, se puder ser em concerto sentado, melhor. Gosto muito da minha bolha individual, preciso do meu tempo para algumas rotinas e custa-me quando, sem aviso, tenho que receber pessoas ou ir a sítios para estar com pessoas. O meu sistema comunicacional e relacional é pouco extravagante e um tanto ou quanto rudimentar. Falar em público é um suplício.  Quando, com 17 anos, comecei nos primórdios do agrupamento, apresentar-me em voz alta era uma tarefa que me fazia tremer a voz e me causava algum nervoso miudinho. O crescimento pessoal, adjacente ao passar dos anos, mune-nos de ferramentas para conseguirmos sobreviver no mundo (complexo) dos adultos, principalmente ao nív...

Falhei

preâmbulo: este não é o tal texto sobre a normalização do falhanço, mencionado no 4/365. É sim, uma constatação de um facto, que poderá dar base ao dito texto. e ao sétimo dia... falhei. ficaria bem mais bíblico e sensacional se a frase tivesse terminado em "descansou". mas não aconteceu. não houve criação nem descanso. o sétimo dia dos 365 dias de escrita terminou com o sentimento de falha. felizmente o mundo não parou... Passava da meia noite quando me apercebi que era o dia seguinte e não tinha aberto sequer o browser para uma nova publicação. "Acontece", pensei. Acontece sim, somos feitos de muitos erros e falhanços entre outras coisas. Assumo assim, sem ter consciência, que escrever diariamente no blogue, para mim ainda não é assim tão importante, senão teria dado mais atenção. "não faz mal", reforço, "amanhã escrevo duas publicações!" "Olha lá! Ontem (o amanhã do dia 7) NÃO escreveste duas publicações, Sara!" grita bem alto toda a...

somos baseados em danos reais

Somos baseados em danos reais. E é tão difícil coar o coração do que foi dano e do que poderá ser a cura. Aceitamos alguns pensos rápidos e imaginamos  o futuro baseado nas experiências passadas. Não podemos deixar que o passado nos controle o futuro, porque já não  vivemos  lá m as, a verdade é que o mais real que temos é o nosso passado. Aí residem os momentos que conhecemos. Aquilo que sabemos ser.  O presente mal temos tempo para o saborear e apropriar e o futuro... o futuro é pura ilusão.

5/365 - podcastIVM

Se um dia se quiserem perder no Spotify, YouTube, Apple Music, e outros tantos, procurem por PodcastIVM - Inspiração para uma Vida Mágica. O Pedro e a Mia têm uma voz simpática, com um acentuada pronúncia do norte e falam sobre o desenvolvimento pessoal com um brilhozinho na voz. Sou ouvinte assídua, apesar de alguns temas não me despertarem tanto interesse quanto outros.  ontem andei a manhã inteira nas arrumações e limpezas semanais, com os fones nos ouvidos e o podcastIVM em modo automático. Este podcast tem me ajudado imenso a descodificar alguns nós na minha cabeça e encontrar ferramentas para ver o mundo de uma perspetiva mais positiva, entre outras. o episódio que partilho é um dos mais interessantes que eu já ouvi até agora e por isso, vou aproveitar o lema "normalizar o falhanço/celebração do falhanço" para umas escritas neste blog mais à frente, porque desconfio que o tema tenha pano para mangas.  Mas fica o cheirinho de alguns elementos de viragem no meu mindset: [...